Atividades científicas com prof. Antônio Beraldo, Dr.

Entre os dias 23 e 24 de abril de 2019, em Florianópolis recebemos o prof. Beraldo para 3 atividades abertas ao público.

Sua vinda, foi custeada pelo Programa de Pós-graduação de Arquitetura e Urbanismo referente a sua participação na banca de doutorado de Andrea Jaramillo Benavides, cujo tema da pesquisa científica foi o desempenho quanto a durabilidade do bambu em construções no sul do Brasil. A banca ocorreu no Auditório do Departamento de Engenharia de Produção e Sistemas/UFSC, Campus Trindade.


Foto: (da esquerda para direita) Lisiane I. Librelotto, Antonio L. Beraldo, Andrea J. Benavides, Angela do Valle e João C. Souza.

Logo após, às 20h, o professor foi recebido no Laboratório de Fisiologia do Desenvolvimento e Genética Vegetal,no Centro de Ciências Agrárias – CCA/UFSC, pelo pesquisador e presidente da BambuSC, Thiago Ornellas, na companhia dos demais participantes. Lá ele pode conhecer as instalações e o trabalho de micropropagação de bambu, que vem sendo realizado nos últimos cinco anos, pela equipe coordenada pelo Dr. Miguel Guerra.


Foto: (da esquerda para direita) Marcos Marques, prof. Beraldo, Hans J. Kleine.

Na sequência no auditório B da Fitotecnia ocorreu o bate-papo sobre farinha de bambu, onde foi apresentado o resultado das pesquisas feitas até o momento na Unicamp, a qual envolve uma equipe de 20 pesquisadores coordenada pela Dra. Maria Teresa Clerici, da Faculdade de Engenharia de Alimentos.

A farinha de bambu é um produto alimentício novo, que por enquanto só é produzido no exterior e que começou a ser estudado e desenvolvido no Brasil pela profa. Edna Amante na UFSC. Trata-se de um produto alimentar contendo fibras e até 16% de amido, que é extraída de colmos jovens de bambu. A farinha pode ser usada do mesmo modo como outras farinhas de cereais, com o diferencial de ser um produto que não contém glúten e cuja digestão é mais lenta, uma vez que os grãos de amido estão “embalados” em celulose, nas células do parênquima, e demoram para entrar em contato com o suco gástrico.

As pesquisas envolveram o estudo detalhado das diversas etapas do processo de extração da farinha, como o corte dos colmos em pedaços menores, que depois são moídos, peneirados e desidratados. Como matéria prima, foram testadas três espécies de bambu comuns no Brasil (B. vulgaris, B. tuldoides e D. asper), analisando separadamente partes dos colmos situados na base, no meio e no topo e também colmos com diferentes idades. Os melhores resultados foram obtidos com as amostras que tinham maior teor de amido e menores teores de celulose e de sílica, isto é, colmos de B. vulgaris, com idade entre 2 e 3 anos, excluindo a parte do topo.

O professor alertou para o fato de que ainda faltam pesquisas complementares, especialmente sobre a limpeza da matéria prima e a esterilização da farinha, que deve ocorrer em temperatura ambiente. Também falta estudar melhor os equipamentos e as instalações necessárias para um processamento industrial. Ao encerrar a sua palestra, o professor respondeu as perguntas dos participantes e agradeceu pela sugestão, recebida do Thiago, de considerar a esterilização por ozônio.

No dia seguinte, no Auditório do Departamento de Arquitetura e Urbanismo, campus Trindade, o professor proferiu outra palestra com temas diversos sobre o uso do bambu na construção civil.

 

 

 

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