Na segunda e última etapa da viagem visitamos a região mais ao sul, onde o clima é mais quente e os bambus monopodiais ou alastrantes vão perdendo espaço para os bambus simpodiais ou entouceirantes, mais familiares aos meus olhos brasileiros, já que estes são os bambus mais comuns no Brasil.
Agora as distancias são muito maiores, iniciamos com uma viagem de 22 horas de trem para chegar a nossa primeira parada, Huan, onde visitamos plantios e fábricas onde se processam tanto bambu mosso quanto bambus entouceirantes como o dendrocalamus latiflorus, muito usado para a produção de brotos comestíveis.
Mais ao sul, com o clima ainda mais quente os bambus simpodiais ocupam grandes áreas e são processados em indústrias de alimentos, papel e móveis.
Visitamos em Guangning o famoso parque chamado de Bamboo Sea (mar de bambu), com mais de 600 hectares de bambu, da espécie bambusa textilis. Na região esse bambu é cultivado há mais de 400 anos e pode-se observar como ele faz parte do dia a dia das pessoas, como é processado em diferentes produtos e representa importante fonte de renda dos agricultores. Pesquisas do governo local mostram que mais de 35% do rendimento dos agricultores vem do cultivo do bambu.